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12/12/09

Consanguínidade e suas Particularidades

"O apreço pelo “hobby” da canaricultura traz certas motivações e faz com que ultrapassemos nossos próprios limites na busca de novos conhecimentos.

A canaricultura é uma espécie de terapia que faz com que esqueçamos os problemas do nosso dia a dia.

Em 1986, comecei a me interessar pó tal “hobby”, já em 1988 formei meu primeiro plantel com 30 casais de canários com e sem fator das linhas clara e escura.

O canário Vermelho Mosaico sempre foi o que mais me chamou a atenção. Daquela época para cá esta cor, em função do aprimoramento nos acasalamentos, ficou mais requintada, tornando-se mais bela.

Para adquirir conhecimentos sobre ornitologia, além de assistir algumas palestras e de manter contatos com criadores experientes, pesquisei vários autores e passei a me interessar mais pelos assuntos publicados em artigos.

Dos vários trabalhos publicados, o acasalamento entre consanguinidade chamou-me a atenção, pois temos conhecimento dos problemas que ocorrem com o ser humano, com filhos de casais consanguíneos.

O autor Oberland de Oliveira Coelho, em sua obra “Sucesso na Criação de Pássaros”, publica as teorias do ornitólogo espanhol Leonardo Carreras, opositor à tese de consanguinidade, baseado nas leis do Monge Mendel, que condena tais acasalamentos.
Carreras afirma, também, que nos acasalamentos consanguíneos, as fêmeas prendem-se muito ao ninho, deixando os filhotes morrerem de inanição. Oberland discorda de Carreras e enumera outros fatores, tais como mudas mal feita, velhice, etc.

O ornitólogo francês Smet defende a tese de que o criador tem que conhecer as leis da hereditariedade para compreender os fenómenos da consanguinidade.

Tece comentários sobre a vida embrionária do canário e se baseia na própria espécie humana, isto é, na reunião de duas células germinativas: o ovo ou o óvulo produzido pela fêmea e o espermatozóide produzido pelo macho.

Para Smet, a consanguinidade é aconselhável e os indivíduos provenientes do acasalamento consangüíneo entre dois genitores de bons caracteres, poderão ser filhotes excepcionais. Não descarta, porém, a possibilidade de filhotes deficientes em função da soma de caracteres negativos dos seus genitores.

Oberland conclui que a tese de Smet é viável e que existe possibilidade de reunir-se em determinados filhotes os valores positivos de seus pais, eliminando-se do plantel os filhotes que reuniram os elementos negativos.

Comenta que a consanguinidade não pode ser adotada em caráter definitivo pois tal procedimento acarretará a degeneração do plantel. Diz, também, que para se estabelecer o equilíbrio genético é necessário, ao término de dois anos, que se os casais consanguíneos sejam desfeitos.

Após tomar conhecimento detalhado da obra de Oberland, decidi fazer em meu criadouro experiências com consanguíneos, objectivando divulgar os resultados alcançados.

Fiz casais consanguíneos e não consanguíneos com Vermelhos Mosaicos.

Com os casais consanguíneos nossa experiência foi desastrosa; filhotes mortos na eclosão dos ovos, alguns filhotes viveram até o sexto dia e um único filhote sobreviveu por quarenta e cinco dias.

Já com os casais não consanguíneos, tivemos vários filhotes sadios.

Nossa experiência com os oxidados consanguíneos também não foi coroada de êxito; ovos brancos na primeira postura e morte dos embriões na casca na segunda postura.
No casal Oxidado não consanguíneos (exatamente como nos Vermelhos Mosaicos) obtivemos sucesso, com vários filhotes sadios, de boa marcação e tamanho.

O trabalho desenvolvido por Oberland, invocando as teorias de Carreras e Smet, nos incentivou a desenvolver as experiências consanguíneas citadas.

Nossos acompanhamentos com alguns exemplares tem nos deixado preocupados com a sobrevivência, em alguns casos, os pássaros vive, mais do que um ano e meio.

Nossa intenção, além do aprendizado, é buscar respostas quanto ao aperfeiçoamento e tempo de vida dos pássaros obtidos em experiências consanguíneas."

Revista SANO – Junho 2000
Artigo Editado em 28 Dez 2003

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