"São unánimes as opiniões daqueles que se dedicam a pesquisar a origem do canário, em afirmar ter ele habitado, inicialmente, as ilhas Canárias . Estas ilhas formam um arquipélago a oitenta ou noventa quilómetros N-O da África. Tenerife, Palmas e Ferro Gomière eram as mais freqüentadas pelos canários, talvez por apresentarem uma vegetação luxuriante e um clima ameno e temperado, com uma umidade muito útil à reprodução desses pássaros. Na antiguidade estas ilhas foram conhecidas pelos fenícios e cartagineses. Eles, porém, nunca fizeram nenhuma menção a respeito da existência dos canários nas ditas ilhas .
E isto é de causar espécie, como faz notar o Dr. N. Falconi, pois fenícios e cartagineses atilados comerciantes, se o tivessem conhecido teriam feito, por certo, comércio com o canário levando-o a Roma . Uma justificativa, porém, que pode ser válida para essa omissão é a circunstância de tanto fenícios como cartagineses ao ocuparem aquelas ilhas estarem inspirados, exclusivamente, por atos de pirataria. Por isso, permaneciam, sempre, nas costas e não se embrenhavam, nunca, ilhas adentro .
Esta é uma versão plausível para o desconhecimento do canário por fenícios, cartagineses e romanos. Mas, admitindo-se que o tenham conhecido, então só resta admitir que eles não lhes causaram á mínima admiração já que o ignoraram.
Após a ocupação das Ilhas Canárias pelo navegador João Bethencourt, ocorrida em 1402 é que datam as primeiras notícias sobre a existência do canário. Em 1478 os espanhóis ocuparam as ilhas e ao descobri-las, descobriram, também, no canário excepcionais dotes de docilidade; adaptação ao cativeiro e maviosidade de canto.
E da admiração ao desejo de possuírem um exemplar a distância foi mínima. E esse interesse cresceu quando se aperceberam que o canário podia ser criado facilmente em casa, reproduzindo-se sem qualquer dificuldade e sendo uma fonte de vantagens comerciais.
Conrad Gessner, naturalista suíço, ao que se tem notícia foi a primeira pessoa e escrever em I550 a respeito do canário, ainda que de forma imprecisa, em sua obra "Icones avium omnium".
Contudo, a descrição mais completa é dada por Ulísses Aldobrandi, em 1559. Diz que o canário silvestre é um pássaro de pequeno porte, não excedendo de doze centímetros. Nidifica em pequenos arbustos . É de cor atraente, de um verde amarelado um pouco acinzentado, com tons escuros nas asas. O dorso com raias pretas, o uropígio é de um verde amarelado, o mesmo ocorrendo com o peito, aonde esse tom vai esmaecendo à medida que atinge o ventre. Bicos e pés escuros. Canto alto e sonoro. Eis o canário silvestre habitante natural das Ilhas Canárias, origem de todas as raças atualmente existentes.
Através dos séculos, porém, foram profundas as transformações que se verificaram nesta ave, LINEO chama "Fringilia Canária". A cor de sua plumagem, a sua forma; o seu tamanho, o seu canto, através de mutações ou em razão do trabalho do homem na busca incessante de aperfeiçoamento, de tal maneira se modificaram que hoje não encontramos mais nenhuma similitude entre o tipo ancestral e as raças atuais. E é difícil até se admitir que estas extraordinárias variedades que anualmente as sociedades especializadas exibem, tenham tido como origem o remoto e pequeno pássaro canoro, habitante solitário das ilhas que lhe deram o nome.
A classificação científica do canário é a seguinte: Classe: Pássaro; Ordem: Passeriforme; Família: Fringillidi; Gênero: Serinus; Espécie: Serinus Canarius."
Fonte: Kakapo
E isto é de causar espécie, como faz notar o Dr. N. Falconi, pois fenícios e cartagineses atilados comerciantes, se o tivessem conhecido teriam feito, por certo, comércio com o canário levando-o a Roma . Uma justificativa, porém, que pode ser válida para essa omissão é a circunstância de tanto fenícios como cartagineses ao ocuparem aquelas ilhas estarem inspirados, exclusivamente, por atos de pirataria. Por isso, permaneciam, sempre, nas costas e não se embrenhavam, nunca, ilhas adentro .
Esta é uma versão plausível para o desconhecimento do canário por fenícios, cartagineses e romanos. Mas, admitindo-se que o tenham conhecido, então só resta admitir que eles não lhes causaram á mínima admiração já que o ignoraram.
Após a ocupação das Ilhas Canárias pelo navegador João Bethencourt, ocorrida em 1402 é que datam as primeiras notícias sobre a existência do canário. Em 1478 os espanhóis ocuparam as ilhas e ao descobri-las, descobriram, também, no canário excepcionais dotes de docilidade; adaptação ao cativeiro e maviosidade de canto.
E da admiração ao desejo de possuírem um exemplar a distância foi mínima. E esse interesse cresceu quando se aperceberam que o canário podia ser criado facilmente em casa, reproduzindo-se sem qualquer dificuldade e sendo uma fonte de vantagens comerciais.
Conrad Gessner, naturalista suíço, ao que se tem notícia foi a primeira pessoa e escrever em I550 a respeito do canário, ainda que de forma imprecisa, em sua obra "Icones avium omnium".
Contudo, a descrição mais completa é dada por Ulísses Aldobrandi, em 1559. Diz que o canário silvestre é um pássaro de pequeno porte, não excedendo de doze centímetros. Nidifica em pequenos arbustos . É de cor atraente, de um verde amarelado um pouco acinzentado, com tons escuros nas asas. O dorso com raias pretas, o uropígio é de um verde amarelado, o mesmo ocorrendo com o peito, aonde esse tom vai esmaecendo à medida que atinge o ventre. Bicos e pés escuros. Canto alto e sonoro. Eis o canário silvestre habitante natural das Ilhas Canárias, origem de todas as raças atualmente existentes.
Através dos séculos, porém, foram profundas as transformações que se verificaram nesta ave, LINEO chama "Fringilia Canária". A cor de sua plumagem, a sua forma; o seu tamanho, o seu canto, através de mutações ou em razão do trabalho do homem na busca incessante de aperfeiçoamento, de tal maneira se modificaram que hoje não encontramos mais nenhuma similitude entre o tipo ancestral e as raças atuais. E é difícil até se admitir que estas extraordinárias variedades que anualmente as sociedades especializadas exibem, tenham tido como origem o remoto e pequeno pássaro canoro, habitante solitário das ilhas que lhe deram o nome.
A classificação científica do canário é a seguinte: Classe: Pássaro; Ordem: Passeriforme; Família: Fringillidi; Gênero: Serinus; Espécie: Serinus Canarius."
Fonte: Kakapo
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