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20/01/10

Urucum - Uma Curiosa Mutação

"Teve a sua primeira aparição em 1994, no canaril do meu amigo Maércio Laranjo.

Filhos de um casal de canários vermelhos da linha clara, apareciam filhotes com uma coloração vermelha no bico e avermelhada nas patas.

0 amigo Laranjo me relatou esse fato e naturalmente fiquei curioso por ver esses exemplares.

0 Sr. Laranjo estabeleceu uma ”parceria” com o também amigo e juiz OBJO Rogério Diniz, que levou esses canários em virtude de que o Laranjo somente estava criando canários sem fator.

Estes canários, além de apresentarem o bico vermelho, tinham uma estrutura de pena diferente, algo ”aveludada”, e alguns problemas de falta de rusticidade, apresentando algumas dificuldades visuais, etc.

Em 1996, o amigo Laranjo me disse que estava interessado em adquirir alguns exemplares da minha criação e propus fazer uma troca com algum desses ”bico vermelho”.

Aceitei e foram enviados 2 machos que efetivamente apresentavam essas características.

Esses exemplares mostravam-se de fato com notórias dificuldades de visão e pouco ativos.

Um deles não era fértil e do outro tirei 3 ninhadas, sendo 2 delas com fêmeas vermelho nevado e uma com fêmea cobre, visando dois objetivos: 1) rusticidade, 2) verificar se a referida mutação poderio ter algum efeito também sobre as melaninas.

0 resultado foram 6 filhotes, todos de bico branco (normal), sendo 2 machos vermelhos nevados, 1 fêmea vermelha nevada e 3 fêmeas pintadas.

Pudemos logo confirmar pelos filhotes obtidos que esta mutação, caso confirmada, não seria ligada ao sexo.

Todos os filhotes apresentavam excelente estado de saúde e super ativos, com características fenotipicas idênticas as dos outros canários.

No inicio da cria, todos os filhotes mostraram uma excelente disposição para a reprodução, mas nos deparamos com o problema de que os canários de bico vermelho vindos dos Srs. Laranjo e Rogério Diniz, continuavam com problemas e a sua possibilidade de fertilidade era mínima, de forma que acasalamos os portadores entre si.

A nossa surpresa foi enorme, pois constatamos que de fato, logo no nascimento, alguns filhotes mostravam uma nítida tonalidade vermelha no bico, tonalidade esta que aumentava conforme os filhotes se desenvolviam.

Outra observação que confirmaria a condição de mutação e a de que não existe característica intermediaria.

Ou nascem com o bico vermelho ou o mesmo sai completamente branco, conforme a forma ancestral.

Aqueles filhotes de origem cobre e que apresentam o bico vermelho não mostram qualquer alteração melânica, apresentando somente a tonalidade vermelha do bico e as patas avermelhadas.

0 resultado final forma 8 filhotes de bico vermelho e 20 de bico branco que seriam possíveis portadores, caso fique confirmada que esta mutação seja autossômica.

Os Srs. Laranjo e Diniz me relataram outras curiosidades, tais como o fato de que fêmeas portadoras com machos normais e sem nenhum parentesco com os ”bico vermelho” tem dado filhos de bico vermelho.

Seria este fato inédito, pois não existe ate hoje nenhuma mutação em que uma fêmea portadora possa transmitir as características dessa mutação diretamente aos seus filhos sem que o pai seja pelo menos portador também.

No período de muda, a tonalidade vermelho vivo do bico dos filhotes diminui um pouco de intensidade e a plumagem efetivamente tem uma estrutura e tom de vermelho diferentes.

Outro aspecto curioso resulta do fato de que, ate hoje, todas as mutações aparecidas nos canários tem sido sempre diluidoras ou inibidoras tanto dos pigmentos lipocromicos como melânicos.

Trata-se, neste caso, do aparecimento de pigmentos numa área onde o canário ancestral não apresenta pigmentação lipocromica alguma, tais como o bico e patas.

Todos os filhotes puros gozam de excelente saúde e acreditamos que na temporada de 1998 poderemos expandir esta interessante experiência, objetivando o fornecimento de informações detalhadas sobre esta novidade fascinante .


foto 1 (Irmãos de ninho. mutante)


foto 2 (Irmãos de ninho. portador)


foto 3 (Filhote mutante (bico vermelho) e filhote ancestral (bico branco)


foto 4(Ã esquerda, filhote ancestral à direita filhote mutante).



(Ã esquerda filhote vermelho nevado macho de bico vermelho.

à direita filhote vermelho fêmea de bico vermelho)"


Álvaro Blasina-Juiz OBJO/COM
Revista Brasil Ornitolgico
Arquivo editado em 26/Ago/2001

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