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07/04/10

Tricomoníase I

"Doença provoca morte, principalmente nos primeiros meses de vida.

A tricomoníase é uma grave protozoose muito difundida entre os Columbiformes. O gênero Trichomonas, flagelados polimastigíneos tricomonadídeos, compreende muitas espécies todas parasitas, encontradas no canal alimentar de alguns invertebrados e vertebrados, inclusive o homem.

O responsável pela tricomoníase dos Columbiformes e da maior parte das aves é o Trichomonas columbae do qual existem uma grande variedade de cepas, com diversa atividade de cepas, com diversa atividade patógena: algumas cepas quase não têm, outras têm um poder patógeno médio. Outras são extremamente virulentas, capazes de provocar a morte dos sujeitos atingindos dentre 24-48 horas sem apresentarem sintomas.

CARACTERÍSTICA E CICLO BIOLÓGICO DO TRICOMONAS

Protozoário flagelado de forma oblonga ou semilunar, muito móvel, com 6,8 mícron de comprimento, vive nos eios dos ossos da cabeça na cavidade oral, no esôfago e no INGLUVIE onde se produz depósitos caseosos semi líquidos amarelados; na forma mais grave pode difundir-se no intestino, fígado e, finalmente, nos pulmões.

A multiplicação ocorre por divisões longitudinais a nível do hospedeiro em pouco tempo; na média, são suficiente cinco horas para que uma nova geração se forme, mas algumas cepas e parece que aquelas dotadas de mais virulência, podem reproduzir-se em pouco mais de três horas.

DOENÇA FREQUENTEMENTE INADVERTIDA

A doença provoca morte principalmente entre os filhotes nas primeiras duas/três semanas de vida porque os adultos, mais resistentes à tricomoníase, freqüentemente atuam como portadores e os infecta alimentando com o chamado “leite do papo” (80-90% dos adultos de um criadouro podem estar parasitados sem sinais evidentes da doença). As cepas mais virulentas podem provocar a morte dos adultos por sufocamento ou por fome (as lesões caseosas obstruem a laringe ou o esôfago) ou por necrose hepática ou ainda por lento mas progressivo abatimento físico.

Como foi dito acima, a tricomoníase pode ser perigosa também para os pequenos pássaros de gaiola e de viveiros.

Eu mesmo pude verificar graves infestações com numerosas mortes (em boa parte jovens, mas também adultos, entre eles pardais do Japão usados como ama-seca) em diversas espécies de diamantes australianos (gouldiae, acuticauda, rulicauda, cincta) sem nenhum contacto com columbiformes. Nos criadouros atringidos, porém, no momento da epidemia estavem presentes passeriformes exóticos recentemente importados.

VIAS DE CONTÁGIO E TRATAMENTOS

O contágio acontece além da “ embicadura”, pela ingestão de água ou alimentos contaminados pelos parasitas eliminados com os excrementos. Uma acurada limpeza dos pombais pode dificultar o contágio porque o T. columbae, incapaz como parece de produzir cistos, resiste pouco no ambiente externo (a forma vegetativa não é mais encontrada em poucas horas após a morte do hospedeiro).

A tricomoníase responde bem ao tratamento com Dimetridazol, Ronidazol ou com fármacos semelhantes, dos quais existem no comércio numerosos produtos farmacêuticos. Deve-se seguir com cuidado a posologia aconselhada pelos laboratórios produtores porque as aves, principalmente aquelas de pequeno tamanho, são muito sensíveis a estes quimioterápicos que facilmente podem provocar em dosagens elevadas, graves intoxicações.


BIBLIOGRAFIA
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Alamano Capecchi - Itália
Revista Pássaros Ano 7-nro 35/2002

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