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14/11/10

Resistência Bateriana na Canaricultura

Fotografia: Autor Desconhecido

"O maior sonho de todos os criadores de canários, depois de uma longa preparação durante todo o ano ou toda uma vida, é ostentar o título de campeão brasileiro ou mundial. Entretanto, para que isso ocorra, exige-se um preparo especial nas matrizes do planteI para que se tornem produtivas e dedicadas as suas proles. Para atingir tais condições, evitando mortandade desnecessária, são administrados antibióticos e quimioterápicos.

É muito comum criadores novos utilizarem potentes antibióticos em todo o plantel. durante o período de criação apenas porque um determinado criador usou ou porque ficou sabendo que um criador campeão empregou em anos anteriores ou tem utilizado com sucesso. Isso parece bastar para que também se passe a administrar essa ou aquela panacéia milagrosa.

O resultado final acaba sendo pior do que nos anos anteriores, ou seja, um aumento significativo de mortalidade no planteI. Esta situação pode ser explicada entre outros fatores pelo uso indevido ou incorreto dessas drogas, seja por sub dosagem e/ou por períodos insuficientes, gerando em conseqüência a resistência bacteriana.

Existem certos tipos de doenças que apresentam cepas resistentes aos antibióticos e quimioterápicos empregados na canaricultura. Em certas doenças já existentes, a utilização de antibióticos raramente traz benefícios.

Devemos alertar que o tratamento com antibióticos e quimioterápicos deve obedecer certos princípios básicos:

Os antibióticos e quimioterápicos só devem ser administrados ao planteI quando o problema efetivamente existir.

Deve-se previamente realizar teste de sensibilidade a antibióticos e quimioterápicos (exames laboratoriais) para ver se a ave é sensível à subs tância ativa do produto.

Usar o medicamento de acordo com testes prévios (no mínimo 10 dias) e em doses corretas.
Ter cuidado com a dosagem, já que infelizmente a maioria das drogas não estabelece a dosagem precisa para aves de pequeno porte.

Em caso de novas mortes, utilizar novamente o laboratório ou consultar um veterinário.
Administrar para os canários, paralelamente aos antibióticos, vitaminas do complexo B e lactobacilos acidófilos para restaurar a flora intestinal.

Em diversas literaturas ornitológicas, seja em artigos de revistas especializadas ou livros de canaricultura (cada dia mais raros de serem obtidos), encontramos diversas recomendações sobre a administração de um tipo de antibiótico ou a associação de antibióticos visando a prevenção de doenças ou tratamentos de doenças já estabelecidas, o que parece favorecer cada vez mais a resistência bacteriana. Como boa parte desses livros é muito antiga, muitos desses antibióticos já não surtem qualquer efeito. Por isso aconselhamos uma literatura especializada mais atual.

Infelizmente, existem muitas contro-vérsias quanto às doses e vias de administração dos antibióticos e quimioterápicos para canários, sendo necessário associarmos duas ou mais drogas, o que elimina não apenas a doença mas também a flora intestinal, tão vital aos pássaros.

A ornitologia precisa evoluir muito em relação a agentes antimicrobianos na terapia ornitológica, já que a sensibilidade bacteriana aos antibióticos e quimioterápicos vem variando de ano a ano e, algumas vezes, em um mesmo período de cria. Por isso não devemos contribuir com o aumento da resistência bacteriana administrando indiscriminadamente qualquer antibiótico ou quimioterápico. Devemos tomar cuidado com a dosagem e a quantidade de dias de administração do agente antimicrobiano, já que errar nesse setor é aumentar a possibilidade de ineficiência do remédio.

A solução desse problema mostra a necessidade de melhores estudos, com metodologia científica, dos agentes antimicrobianos e um estabelecimento correto das doses de medicamentos ou estaremos caminhando para trás em bem pouco tempo."

Fonte:
ADRIANO ALBANO FORGHIERI
REVISTA COB 1997

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