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Gloster Fancy

20/07/10

Gloster Fancy, Juvenis 2010

A Muda há muito que iniciou.

Os Gloster Fancy da primeira postura já têm quase a muda concluída, enquanto os da terceira postura ainda estão a iniciar o processo de muda.

Este ano introduzimos Gloster de linha Belga no nosso plantel, que até então, era constituído somente por linha Inglesa.

Fizemos igualmente uma aposta maior nos Verdes, em detrimento das restantes cores: Canela, Azul, Amarelo.

Os resultados são interessantes, mas nesta fase, só podemos aguardar e mais tarde verificar se as expectativas criadas em relação a alguns juvenis se concretiza.

Partilhamos algumas imagens de Juvenis de 2010.


Gloster Fancy, Juvenis de 2010

Mutação Cobalto

Fotografia: Autor Desconhecido

"Em 1994, por ocasião do campeonato da Alemanha, em Ulm, os canários cobre nevados de um quarteto de Karl-Werner Weber (KWW), causaram grande surpresa, já que eles tinham a parte de baixo do ventre, e em volta da cloaca, uma coloração cinza bem escuro. Havia apenas três exemplares com esta particularidade e isto foi atribuído a uma manipulação de Karl-Werner. De volta à sua casa arrancou algumas penas de coloração diferente e esperou para ver como elas iriam crescer novamente.

Aparentemente esta particularidade poderia estar relacionada à alimentação (apesar de que o efeito do Polygonum não se verificar nesta época). Mas, efectivamente não era isso.

Na primavera seguinte, Karl-Werner obtém os primeiros filhotes vindos destes machos cobre. Infelizmente, todos tinham a parte de baixo do ventre clara, correspondendo ao cobre clássico normal. No ano seguinte, Karl-Werner me informou que havia cruzado este macho com uma de suas filhas, para fixar assim o peito escuro. Infelizmente, neste ano, este macho não fecundou nenhum ovo. Assim, no período de cobertura, ele decidiu cruzar irmão x irmã com os filhotes obtidos no ano anterior. Foi assim que surgiram os primeiros filhotes com a parte de baixo do ventre cinza. Logo pudemos observar que em sua plumagem juvenil estes pássaros tinham no corpo muitas penas pretas.

Após alguns acasalamentos, podemos afirmar: esta mutação é devida à hereditariedade recessiva livre.

Agora era preciso encontrar um nome para esta mutação. Monika, a esposa de KWW encontra imediatamente a solução, uma vez que a cor lembra o metal cinza e surge então o nome cobalto. O casal, juntamente com Markus Bergholt, faz a criação desta mutação. Os primeiros anos não são animadores, ao contrario, com muitas decepções, o que é normal neste tipo de acasalamento consanguíneo.

Acção do cobalto : Em primeiro lugar, diz respeito ao conjunto de penas do pássaro. Os intensos tornam-se extremamente escuros. Mesmo sobre os clássicos de qualidade média, a partir do momento em que há o cobalto obtém-se um pássaro diferente. Sendo assim poderíamos ter rapidamente cobalto de grande qualidade acasalando-se com negros de excelente qualidade. O cobalto melhora os canários negros.

Cobalto e Ônix : Em 1996, via-se cada vez mais ônix com o ventre bem claro. Achamos que o cobalto pode melhorar o ônix, já que ele carrega melanina até a ponta da pena. Sobre o ônix negro nevado, o cobalto traz um baixo ventre cinza canela que compensa a deficiência apresentada pelo ônix.

Vemos que podemos tudo com o factor cobalto.

Cobalto e Mosaico : Os mosaicos apresentam sempre a zona próxima da cloaca sem melanina e sem lipocromo. O baixo ventre é branco. Como normalmente a ponta das penas desta zona não fixam as melaninas, é possível que graças ao cobalto esta zona tenha a coloração escura, como foi o caso dos intensos e dos nevados. O cobalto agirá ou o mosaico inibirá a acção do cobalto?

Eis algumas questões que nos são apresentadas.

O actual trabalho dos cobaltos : Desde o início, Karl-Werner colocou o cobalto nos cobre (intenso, nevado, mosaico), bem como no verde (intenso, nevado) e o canela vermelho intenso. Começamos a introduzir o cobalto no ônix. Vamos também cruzar todos os cobaltos com exemplares de "fator óptico azul" para obter cobaltos sem feomelanina.

:: Aprofundamento do Conhecimento :::

Comparação da plumagem do negro cobalto em relação ao negro clássico normal.

O negro clássico sem factor óptico azul tem melanina negra ao eixo central da pena (estria) e na zona de baixo de cada pena (proporcionando a maior parte da superfície da inter-estria). Nesta superfície, a melanina negra está presente de forma diluída e se mistura à cor de fundo.

Isto, por exemplo, dá a cor verde pela mistura do pigmento lipocrômico amarelo e desta melanina negra da inter-estria. Uma outra particularidade diz respeito ao nevado e ao mosaico, nos quais a cor de fundo não está visível, em certos lugares da pena. Por exemplo, no nevado, o lipocromo não vai até a extremidade da pena e também a eumelanina está reduzida na superfície dos filamentos da pena, ocasionando uma borda cinza que não aparece completamente clareada.

Podemos observar um fenómeno semelhante nos mosaicos, onde vemos o lipocromo reduzido em baixo do ventre e uma zona branca sem lipocromo. Assim, parece que o lipocromo e a melanina estão relacionados, mas não é nada disso, estes dois pigmentos e sua divisão não são influenciados uns pelo outros. Mesmo os negros clássicos de alta qualidade têm menos pigmentação na face ventral. Nos standard é importante que o negro seja marcado nos flancos e melanisado até a parte de trás em relação às patas

O negro cobalto se diferencia destes de forma considerável. Em primeiro lugar há uma textura de pena completamente diferente. Comparando o negro normal, o cobalto tem muito mais negro na superfície plana da pena do que na inter-estria. Reconhecemos também os filhotes negros cobaltos no ninho, eles se parecem com os filhotes ágata. Esta eumelanina negra de pena dos cobaltos não influencia na retracção do lipocromo. Assim, não influencia na retração do lipocromo.

Assim, nos nevados, a borda das penas é cinza aço, de onde vem o nome cobalto. Por outro lado o cobalto não tem influência sobre a feomelanina. Desta forma, num canário negro com muita feomelania (defeito) o negro cobalto obtido terá uma cor suja cinza-canela. Foram feitos testes de cruzamento com exemplares o fator óptico azul para produzir negros cobaltos puros sem feomalanina.

Negro cobalto mosaico: a força do fator cobalto é tão grande que nos mosaicos chegamos a pigmentar o ventre. O pássaro aparece perfeito, graças à repartição bem regular da melanina na parte plana da pena. Não existe mais em seu corpo, zona muito clara ou muito escura. A cor é uniforme, tudo está pigmentado de forma regular.

:: Genética do Cobalto:::

1. - O cobalto é a hereditariedade recessiva livre.
2. - O cobalto é uma mutação de adição: uma "plusmutação". Ela acrescenta melanina enquanto todas as mutações conhecidas até hoje são mutações de redução ou diluição. É como se tivéssemos conseguido introduzir um factor suplementar (conforme já tentamos hibridação, mas sem resultado) mas insisto em dizer que é uma mutação natural, surgida nos canários de cor totalmente ao acaso.

Comparação ônix cobalto

Alguns especialistas ainda acreditam que o ônix é uma mutação de adição pelo negro. De fato, notamos que nos negros ônix o desenho negro é mais fraco que nos negros clássicos. A melanina aparece mais suave e menos concentrada. O efeito de listras transversais perceptíveis nas penas grandes é dado em função da falta de melanina no desenho. O local onde há um aumento da melanina no ônix não é na parte plana da pena, somente nas bordas a feomelanina dá o cinza e não o castanho. Temos a impressão de que houve uma transformação. Tendo o ônix, para a pigmentação da zona plana da pena (filamentos), os mesmos problemas que um negro clássico, podemos pensar que:

"Acumular o factor Ônix e o factor Cobalto sobre os canários negros permitirá, talvez, nos aproximarmos do canário totalmente negro que tanto sonhamos"

Fonte: Canaril Moura

Mutação Pastel

"Esta mutação surgiu em 1957, pelo facto de surgirem neste ano aves com um factor de diluição melanica a que lhe deram o nome de pastel. Esta nova mutação foi reconhecida mais tarde pela COM em Trevino (Itália).

De acordo com o standard, esta mutação constitui o segundo factor de diluição melanica (o primeiro é o que propicia o fenotipo ágata) e os seus efeitos são:

a) Redução de estrutura eumelanica;

b) Dispersão da feomelanina;

Esta mutação aparece nas seguintes séries:

a) Negro
b) Castanho
c) Ágata
d) Isabel
Lipocromo:

a) Branco recessivo
b) Branco dominante
c) Amarelo
d) Amarelo marfim
e) Vermelho
f) Vermelho marfim
Categoria:

a) Intenso
b) Nevado
c) Mosaico

Negro pastel: Nesta série o pastel provoca uma diluição que modifica a totalidade do desenho e transforma o negro em cinza antracite. Não pode haver descoloração das remiges nem rectrizes, as estrias devem ser diluídas, finas e curtas, as patas, unhas e bico devem ser uniformes, de uma só cor e o mais escuras possível.




Castanho pastel: A expressão da melanina castanha oxidada está ligeiramente reduzida em relação ao clássico, aparecendo um véu denso sobre a totalidade da plumagem. Haverá uma distribuição completa do castanho e em todos os casos o lipocromo está sempre visível, unicamente os intensos apresentam desenho. As patas, unhas e bico devem ser de uma só cor e em harmonia, com a cor da melanina.




Ágata pastel: O ágata pastel apresenta estrias finas, curtas e de cor cinza pérola, observando-se sobre as grandes penas uma zona periférica cinza pérola, conservando as suas características do desenho na cabeça e bigodes. As patas, unhas e bico devem ser de cor uniforme e clara, (cor de carne).

Isabel pastel: O Isabel pastel apresenta uma pigmentação sobre a plumagem de cor bege muito suave. A presença do factor óptico associado a esta diluição favorecerá um ligeiro desenho nos intensos e mosaicos. As patas, unhas e bico são de cor clara.




Asas cinzentas: O negro pastel “asa cinzenta” caracteriza-se por uma super diluição da parte média da pena com concentração de eumelanina negra localizado nas extremidades. As marcas claras de diluição situam-se nas remiges e rectrizes. As tectrizes apresentam-se com umas “lunulas”cinza pérola e as localizações negras em forma de grão nas extremidades. Sobre as remiges e rectrizes, a diluição da parte central e a concentração da eumelanina sobre as extremidades das penas, deixam aparecer um negro evidente associado a um cinza pérola. A extremidade negra das remiges (bordada com uma orla de um cm de máximo) será maior que nas recrtizes. As patas, unhas e bico devem ser de cor uniforme e o mais escuro possível.

Consequentemente a afectação sobre as séries negras clássicas (negro, castanhos e ágatas), implica claramente os seus fenotipos:

a) Uma considerável diminuição da feomelanina;
b) Uma evidente redução da eumelanina negra, dispersa por todo o manto, favorecendo uma melhor apreciação do lipocromo de fundo.

No que respeita ás séries castanhas e isabeis, o fénotipo será afectado por uma considerável redução da feomelanina, uma dispersão da eumelanina castanha, levando notavelmente quase ao desaparecimento das estrias dorsais e flancos no Isabel, e em menor medida no castanho."

Fonte: José Ferreira (Juiz OMJ - Canários de COR)

Rogetto - A nova raça italiana

Fotografia: M. Del Prete


"Depois de ter colaborado nos anos 80 com o professor Zingoni na criação da raça Fiorino, o criador Michele Del Prete investe novamente em uma nova miniaturização de um canário Frisado.

Desta vez, o projeto é obter um Frisado miniatura de um misto de Frisado Parisiense com Frisado Gigante Italiano.

Michele informou-me que a raça Rogetto que ele está preparando é um maravilhoso frisado de aproximadamente 13 cm e que a idéia é unir a máxima expressão de plumagem e o menor tamanho possível em um canário frisado pequeno, o menor possível, frisado, o mais frisado possível, particularmente na cabeça que estará ornada com um capuz completo.

É dessa forma que nasceu o “Rogetto”.

“Não foi fácil criá-lo, mas o seu patrimônio genético que eu bem conheço pode nos permitir ter a confiança na estabilidade da raça e em seus caracteres hereditários” falou Michele Del Prete!

O nome Rogetto foi escolhido por Michele, pois, é o gracioso nome de um pequeno e límpido riacho que corre perto da casa onde Michele nasceu e passou a infância.

Esse riacho servia para irrigar os campos cultivados e Michele ali passava muito tempo e pescava nele quase todos os dias. Com esse nome Rogetto, Michele quiz recordar daquela pequena cidade num tempo em que corria feliz por aqueles gramados e se entusiasmava quando via algum passarinho selvagem.

O Rogetto deve ter as seguintes características:

Forma volumosa com tamanho inferior a 15 cm, manto abundante e pode ser simétrico, sendo preferido em forma de rosa, bouquet também presente, fachos muito volumosos, largos e simétricos.

A cabeça e pescoço devem ser como os do AGI, ou seja, pescoço com a gola realçada na parte posterior formando na cabeça um capuz completo ou parcial. A preferência sempre será para os pássaros que tiverem capuz longo, largo e completo assim como a gola abundante e completa. Suíças presentes e fartas. O Peito do Rogetto deve ser igual ao do Frisado Parisiense e não ao do AGI, ou seja, em forma de concha volumoso e simétrico, uniforme e largo,compreendendo todo o peito e abdómen.

A postura deve ser erecta, com a cabeça, corpo e cauda em linha, formando um ângulo de 60º com a base do poleiro. Asas bem aderentes ao corpo sem cruzamentos. Cauda estreita e com rectrízes alinhadas e em sua base com penas de galo abundantes e evidentes distribuídas de ambos os lados. Pernas flectidas e de médio tamanho com cochas bem emplumadas. Limpeza perfeita e temperamento vigilante completam esse maravilhoso frisado em miniatura.

Todos os itens acima passarão ainda pela Comissão Técnica Italiana de Juízes e ainda poderão sofrer alterações, e posteriormente à COM."

Rogetto


Fotografia: M. Del Prete

Rogetto


Fotografia: M. Del Prete

19/07/10

Com que Coronas Ficar? Gooster Fancy


"1) O Corona é provavelmente o tipo de canário mais difícil de produzir, e a maioria das pessoas não tem muitas aves de qualidade para poder escolher. Os criadores experientes sabem que certos compromissos têm de ser feitos para poder produzir bons Coronas.

2) É normalmente nas aves maiores que se encontra as melhores poupas. Penas longas permitem uma poupa mais perfeita e uma textura mais macia. Se fizer uma selecção só para ficar com as melhores poupas vai acabar por ficar com aves grandes. Lembre-se que tem que ficar com aves de exposição que apresentem um bom tipo de corpo.

3) Nunca fique com uma ave com uma poupa “faltosa” (poupa partida, desalinhada…). Tente limitar a sua escolha a pássaros com uma poupa redonda e centrada. A parte mais difícil de obter é a parte “frontal”. Aí pretende obter uma abundância de penas. Aves com falta de penas na frente nunca irão ser boas aves. Pode tolerar outras falhas numa ave que apresente uma boa parte frontal.

4) Os “cornos” são a queixa mais frequente nos Coronas. As penas à volta das orelhas têm uma tendência a crescer em direcções diferentes, e muitas vezes aves com poupa excepcional apresentam “cornos”. Não se deixe enganar pelos mais experientes, muitas aves vencedoras foram trabalhadas antes de serem julgadas. Tente direccionar a sua criação para excluir este defeito, mas uma boa ave nunca deve ser descartada só por possuir um defeito, desde que este defeito não seja congénito.

5) Tente evitar aves com uma poupa muito pequena, estas aves têm sempre uma fraca aparência. De certo que vos vai lembrar o vosso primeiro Corona e isso certamente não será bom porque entretanto já espera mais do seu Gloster. Um bom Gloster é uma ave balanceada, com o topo do corpo em proporção com o resto do corpo. Ao nível de criação eu prefiro ter uma ave com uma parte superior “pesada”.

6) Leva-se anos, às vezes décadas para se ter bons Coronas. Se tem bons exemplares certifique-se que os mantém ao cruzar com aves de qualidade. Se não tem bons Coronas, procure-os e arranje-os. Eles não aparecem por magia. Não se vive o suficiente para repetir o trabalho de gerações de reprodutores qualificados."

Autor: Robert Larochelle
Fotografia: Gonçalo Ferreira
Tradução: Ivo Leite

Como Seleccionar Consortes - Gloster


"Se o seu objectivo é exibir e ganhar com Consorts, então concentre-se no Consorte. Tem que esse concentrar não nas sobrancelhas, mas na redondidade da cabeça para chamar a atenção do juiz, pois é ele quem tem a última palavra na avaliação do pássaro.

Criara consortes não tem as intricidades genéticas dos coronas, é muito mais simples de obter resultados. Forme o consorte ideal em sua mente.

O mais bem sucedido dos consortes é normalmente proveniente de pássaros grandes com muita forma e, que são incompatíveis na criação de bons coronas. O pequeno consorte necessário para criar bons coronas raramente vão a uma exposição, prova disto é que quase sempre os bons intensos são provenientes de linhas com poderosos consortes.

Nada há de errado em usar um corona para produzir bons consortes, tem de se tomar em atenção é se o corona descende de bons consortes para não se correr o risco de estragar a linha de consortes.

Se pretende criar consortes para produzir bons coronas, então, as regras invertem-se, ou seja, é preciso observar quais os consortes que produzem bons coronas e fixar essa linha.

A maior parte deles não irão á exposição, mas aprenderá a criar bons coronas.

Use sempre os consortes mais próximos aos coronas.

Como é difícil produzir coronas com poupas correctas, isso força-o a comprometer-se com a escolha do corona e a ser mais crítico na escolha dos consortes para continuar a produzir coronas de qualidade."

Autor: Robert Larochelle
Tradução: Ivo Leite
Fotografia: Gonçalo Ferreira

Raça Espanhola


Fotografia: Autor Desconhecido

Breve História

"Como o nome indica, este canário é originário de Espanha, concrectamente das regiões da Catalunha e Andaluzia. Já por volta do ano 1918 criavam-se os primeiros "Raças Espanholas" ou canários miniatura, uma pequena maravilha com penas, logicamente que os seus antepassados, foram os canários silvestres das Ilhas Canárias, Açores e Madeira.

A criação desta raça, teve uma grande difusão, especialmente na região da Catalunha, nos anos 1928 a 1930, mas como consequência da Guerra Civil Espanhola, praticamente desapareceu. Para beneplácito dos amantes da canaricultura em especial de porte e desta raça, ela conseguiu sobreviver.

Desde 1976 tem participado em todos os Mundiais, cada vez com maior número e melhor qualidade, com a participação de vários países, incluindo Portugal, sendo que o domínio pertence a Espanha e Itália.

O canário de porte "Raça Espanhola", é uma ave já com alguns bons criadores no nosso país. Dia para dia está a criar mais adeptos, pela sau vivacidade e beleza, pelo seu pequeno tamanho, pela variedade de cores, tanto melanicas como lipocromas ou variegadas e talvez pela dificuldade em obtermos aves mais pequenas cativa a paixão por esta ave.

Exposições

Para as exposições, pelo seu reduzido tamanho, escolhemos as fêmeas e os intensivos. Os verdes, ou cinzentos melanicos pelo factor óptico, fazendo parecer ser mais pequenos em igualdade de situação com os amarelos ou os brancos lipocromos o que irá beneficiar nos resultados finais.

É fundamental que o "Raça Espanhola", pelo seu estilo livre e ágil, vá para uma exposição devidamente adaptado à gaiola "tipo border", para o juiz poder observar as qualidades desta pequena ave."

por: Victor M.R. Couto

Raça Espanhola - Descrição Técnica

Descrição Técnica

"Não se deve entender por canário miniatura, uma ave raquítica ou degenerada, mas ao contrário, devemos ter presente uma ave em perfeito estado de saúde, cheia de vitalidade, agilidade, harmonia proporcionada, que são algumas das suas características, onde sobressai a principal que é o seu tamanho pequeno.

Tamanho

A longitude, medida desde o vértice do bico, até à porte extrema da cauda, deve ter como tamanho máximo 11,5cm, dimensões realmente difíceis de obter.

Alguns canaricultores, já fizeram hibridações com os serezinos ou chamarizes "serinus serinus", com o objectivo de obter uma ave mais pequena. Com esta hibridação, dotam-se as aves com uma porção de genética, que proporciona a fixação de um tamanho menor, mas também, deixando dados negativos, que os isola completamente das características do "Raça Espanhola".

Dorso e Peito

Os ombros devem ser estreito, devendo para tal constituir um prolongamento suave do pescoço, no encontro com o dorso.

O peito, deve ser estreito, fino e sem proeminências, sendo esta uma das características mais importantes, na hora de julgar uma boa ave.

Cabeça e Pescoço

A cabeça deve ser pequena e em forma de avelã, separada do corpo por um pescoço estreito, o qual facilitará o início de um dorso e peito lisos, sem redondezas.

A cauda, deve ser curta, proporcional ao corpo, fechada e acabando ligeiramente bifurcada semelhante ao rabo dos peixes.

Patas, Coxas e Bico

Um dos defeitos mais vulgares, é a existência de patas excessivamente longas, com dedos grandes e grossos, e bicos desproporcionados. Talvez os motivos sejam, a dificuldade em reduzir as zonas córneas em relação à plumagem.

As coxas devem ser praticamente invisíveis, característica difícil de obter em aves de plumagem intensa. Os tarsos, devem ser curtos (14mm) e os dedos pequenos.

O bico, deve ser pequeno, curto e cónico.

Plumagem e Cor

A plumagem, deve ser sedosa, densa, lisa, brilhante, sem frisos, bem aderente ao corpo, sem que se notem fraldas de penas nas zonas depenadas.

Na cor, são admitidas todas, excepto a coloração artificial, Tradicionalmente o "Raça Espanhola" era cor verde ou amarelo, existindo agora as cores cinzenta, branca dominante, Isabel, marfim, castanha, ágata e variegados. Existem actualmente, aves com qualidade em qualquer destes factores. Eu em particular, gosto mais de aves com factor melanico.

Para exposições, são preferíveis as aves de plumagem intensiva, pelo menor tamanho que geralmente apresentam devido à plumagem, tendo maior facilidade em obter bons resultados face ao standard da raça."

por: Victor M.R. Couto

Raça Espanhola - Selecção Reprodutores

Selecção de Reprodutores

"A melhor selecção, está na escolha das aves mais pequenas, com as proporções adequadas.

É um facto, que as aves com o efectuar da segunda muda, adquirem um ligeiro aumento de tamanho, constituindo por essa razão um meio adequado de selecção dos reprodutores. Elegemos aqueles, que menor crescimento tenham sofrido, para isso, devemos, sistematicamente, efectuar medições às aves. A primeira medição, deve ser feita, após a primeira muda, a segunda na altura do acasalamento e a terceira depois da segunda muda.

Os apontamentos de tais medições, permitirão obtermos claramente, a evolução de cada ave, descartando de uma vez aquelas que têm tendência a crescer desmesuradamente, devemos ter sempre em atenção, que, na descendência é mais fácil reduzir o comprimento do que a estrutura óssea exagerada."

por: Victor M.R. Couto

Raça Espanhola - Reprodução

Reprodução

"Como já foi referido, o ideal é termos um casal de boa qualidade, mas infelizmente ta coisa, muitas vezes não acontece, para tal temos de nos conformar com aves de menor qualidade e assim irmos seleccionando as melhores, e algumas vezes se for necessário, com recurso à consanguinidade, com o intuito de irmos fixando os caracteres mais importantes, das distintas aves.

Uma vez obtida uma selecção de aves de qualidade idêntica, entramos no sistema dos acasalamentos. A regra básica a ter em consideração, é a da compensação de caracteres dos pais, porque uma inconformidade especifica, numa ave, deve ser compensada com outra ave, devidamente em conformidade.

É pratica comum, considera-se que os acasalamentos do "Raça Espanhola" devem ser feitos com aves de plumagens intensivas, isto não é correcto, porque, é importante termos no nosso canaril alguns nevados de plumagem, e inclusive mosaicos, com o intuito de compensar as inconformidades de aves provenientes de acasalamento entre intensivos."

por: Victor M.R. Couto

Raça Espanhola - Alimentação

Alimentação

"A alimentação no "Raça Espanhola" é das coisas mais importantes.

Se queremos obter aves de pequeno tamanho, a sua alimentação não pode ter o mesmo valor energético, vitaminado e proteico, dos outros canários de porte, os chamados de grande porte, casos do Yorkshire, Lancashire, Norwich, Border, Crest, Parisience, Gigante Italiano, etc..

Uma alimentação forte não ajuda em nada o standard da raça, ao nosso canário miniatura logicamente não vamos dar uma dieta rigorosa, mas sim básica e ajustada a esta raça.

Por exemplo, no meu caso, uso uma mistura de sementes nas seguintes proporções: alpista 75%, perilha 20%, nabo 5% em época de criação; durante a muda, alpista 65%, perilha 25%, nabo 5% e linhaça 5% no período de repouso alpista 75% e perilha 25%.

Quanto a papas, uso as que tenham poucas proteínas, este ano a partir de Fevereiro, usei a papa húmida com ovo, por ser uma papa com baixo teor de proteína incluída, 13%, trazendo em separado um saco de 50gr. com as vitaminas, aminoácidos e restantes complementos, podendo o criador dosear conforme as necessidades e as raças que criar.

Durante as criações e muda, dou germinado especial todos os dias. Ponho a demolhar durante 6 horas, com 3 e 4 gotas de SANI_YODO, lavo muito bem lavado e coloco a germinar até 24 horas, isso faço todos os dias, não guardo germinado no frigorífico, Durante a criação administro alface* a todos os meus "Raças espanholas".

por: Victor M.R. Couto

Isabel Vermelho Mosaico, Juvenis 2010

Introdução aos Canelas


"Em minha opinião, os tons subtis do gloster canela pôs esta variedade de cor entre as cores de canário mais atraente.

Devido à habilidade dos canelas para melhorar a estrutura da pena, o criador de Gloster’s encontrará vantagem nisto ao manipular sangue de canela em linhas semelhantes como é dito em cima para criar (amarelos) Intensos.

Regras semelhantes ás usadas no estudo dos (Amarelos) Intensos, o uso de muito sangue de canela no seu estudo de gloster conduzirá a uma deterioração na cabeça e na qualidade do pescoço. Porém, como com os (Amarelos) Intensos, pode ser usada a boa qualidade da plumagem de canela como uma vantagem.

Ligação ao sexo

A herança da canela, têm ligação ao sexo, normalmente é difícil para um iniciado entender.

Porém quando devidamente explicado, é relativamente simples.

O gloster canela é efectivamente uma ave tri-colorida, sendo a sua cor básica ou cor de fundo, o amarelo ou o buff que são chamadas cores lipocrómicas.

Sobreposto nesta cor aparece os pigmentos pretos e castanhos, conhecidos como melaninas.

No gloster verde, a cor natural do canário selvagem, muito do castanho é mascarado pelo domínio do negro, mas se nós removermos a presença das melaninas pretas e deixarmos só as castanhas, ficamos perante uma ave canela. Agora, aqui vem a parte confusa, há dois tipos de aves canela:

Primeiro, a canela visual. Estas aves têm os olhos vermelhos em jovens, que escurecerão até a idade adulta, na qual ficarão cor de ameixa, a cor da pena que a ave mostrará será a canela.

Segundo, portador de canela (canela não visual). Tudo o que foi dito anteriormente na canela visual acontece aqui, excepto a cor da pena, porque apesar de ser uma ave cheia de canela, ela está impossibilitada de expressar a cor canela na pena.

Genéticas

Como resultado de acasalamento canela, o macho pode ser um destes três tipos:

1. Canela (canela visual)
2. Portador de canela (canela não visual)
3. Sem canela
A fêmea pode ser canela neste caso ela mostra isso visualmente, ou sem canela.

Há cinco possíveis acasalamentos que envolvem coloração canela:
Acasalamentos Resultado

1.Macho sem canela X Fêmea canela Machos portadores de canela. Fêmeas sem canela (note-se que todo o macho portador de canela é normal em coloração, isto é, canela não visual)

2.Macho canela X Fêmea sem canela Machos portadores de canela. Fêmeas canela visuais (o resultado deste acasalamento as fêmeas descendentes podem ser determinadas pela saliência dos olhos rosa uma maneira de manifestação nos canelas).

3. Macho portador de canela X Fêmea sem canela Machos e Fêmeas sem canela. Machos portadores de canela. Fêmeas canela.

4. Macho portador de canela X Fêmea canela Machos portadores de canela. Fêmeas sem canela. Machos e Fêmeas canela.

5. Macho canela X Fêmea canela Toda a descendência canela.

Nota:
As fêmeas não podem herdar o gene de canela da mãe dela, nem ela o pode transmitir ás filhas dela. Ela só pode receber isto do pai dela e só pode passar isto aos filhos dela."

Fonte: Canaricultura Tuga
Fotografia: Gonçalo Ferreira

Como Seleccionar Fêmeas - Glosters


"Fêmeas férteis e saudáveis podem ser usadas por 4 anos, contanto que produzam a qualidade necessária. O sucesso de um plantel é baseado na capacidade reprodutiva de suas fêmeas, tome cuidado para não criar um plantel de fêmeas com boas características mas que não reproduzem. Fêmeas com grandes coroas devem ser aparadas antes da época de criação, pois com mais visibilidade elas têm melhores possibilidades de criar bem.

As capacidades de reprodução são herdadas, por isso considere sempre primeiro as filhas das melhores fêmeas reprodutoras. Uma fêmea reprodutora de qualidade média será sempre melhor escolha que uma de altíssima qualidade mas improdutiva. Tenha a certeza de que guarda boas fêmeas para criar filhas dos seus melhores pássaros, pois há possibilidades do seu próximo campeão ser filho de uma delas.

Não use fêmeas de muito porte na sua criação, pois estará a criar pássaros cada vez maiores. Fêmeas pequenas criam melhor e só têm a acrescentar na qualidade.

As fêmeas devem possuir mais forma, pois estas poderão criar machos como elas e lhe por no bom caminho."

Fonte: Wonderfull Glosters
Fotografia: Gonçalo Ferreira

Como Seleccionar Machos - Glosters


"Machos férteis podem ser usados por um período de 5 anos, contanto que produzam a qualidade que se necessita. Machos bons criadores e alimentadores são de grande valor para o plantel.

Machos que não fertilizem ovos no primeiro ano podem ser usados novamente num segundo ano com uma fêmea que já provou ser reprodutora, use a melhor fêmea reprodutora para comprovar a fertilidade do macho. Se pelo segundo ano o macho não fertilizar então dispense-o.

A ideia de aproveitar o melhor macho do plantel e acasalá-lo com o maior número de fêmeas possível pode ter um impacto negativo na criação. As suas crias serão proximamente aparentadas e em pouco tempo haverá um cruzamento de genes consanguíneos. Certifique-se de que mantém os irmãos e primos do seu melhor macho, pois poderá usá-los para diversificar o seu conjunto de genes sem mudar a origem do sangue drasticamente. Por vezes os irmãos de campeões são a melhor aposta não importa a sua aparência.

Machos agressivos na reprodução são um aborrecimento, dispense-os pois como muitos comportamentos, a agressividade também é herdada. Prefira usar machos que ajudem na criação.

Machos pequenos que se parecem com fêmeas são a melhor opção. Pode basear o seu plantel nesses machos, pois as suas filhas serão extremamente difíceis de vencer nas exposições. É normal ter machos grandes exibindo muito porte, mas iao fazer isso estará a limitar muito os seus pássaros de exposição às fêmeas. Se não se tiver cuidado eventualmente as fêmeas podem ficar maiores e por essa altura será tarde demais para corrigir a situação. Seja crítico quanto ao tamanho dos machos e mantenha o plantel sob controle.

Assegure-se de que seus pássaros exibem um colorido intenso. De um modo geral as fêmeas mostram menos cor que os machos, por isso se os machos não forem bem coloridos é provável que as fêmeas saiam muito sem interesse na aparência. "

Fonte: Wonderfull Glosters
Fotografia: Gonçalo Ferreira

Glosters: porquê Amarelo X Buff?


Fotografia: Polakowski J-M

"De tempos a tempos o Homem questiona as regras pré-estabelecidas e pergunta “porquê?”. Este pode ser o primeiro mandamento dos criadores. Costuma-se dizer: cruzar sempre Amarelo X Buff (penas nevadas, mais suaves, moles). E porquê?

Neste artigo iremos considerar apenas os Gloster Fancy e os seus antepassados selvagens.

Os canários selvagens são seleccionados pela própria natureza, é a lei do mais forte onde só os mais aptos sobrevivem, reproduzem e transmitem os seus genes.

Não há uma mão orientadora que nos diga que macho devemos acasalar com certa fêmea. Apenas quando o homem começou a domesticar os canários é que estes começaram a ter problemas de penas. No estado selvagem a natureza deu ao canário a sua essência: a sua forma, a sua cor, as suas penas, deu tudo para ele se integrar na natureza. Contudo quando o Homem começa a mudar a natureza ele altera o seu equilíbrio, equilíbrio que demorou milhares de anos a atingir.

Para cada causa há um efeito, para cada coisa positiva há uma coisa negativa e isto verifica-se nos nossos canários. A natureza equilibra isto com acasalamentos não selectivos, acasalamentos não controlados. Quando o Homem decidiu mudar a aparência dos canários ele imediatamente começou a criar problemas, um dos quais está relacionado com as penas. Ao realizar acasalamentos selectivos o Homem começou a alterar todos os aspectos dos canários. Ele pretendia aves maiores, aves limpas, aves com poupa, aves variegadas, etc, e por causa disto ele mudou a plumagem. A mãe-natureza sempre insistiu numa plumagem intermédia mas o Homem descobriu através de experiências com cruzamentos que podia mudar o aspectos das aves assim como criar novas raças.

Cada raça criada é um passo de afastamento em relação à natureza e como já nos apercebemos, isto causa problemas. O canário Gloster Fancy é uma ave pequena, cheia ao redor do pescoço e dos ombros, e é aqui que reside o nosso problema. Se levarmos a natureza a alterar o seu equilíbrio ela dirá “Stop!” e se continuar-mos a forçar vamos estar a correr riscos. Neste momento parece-nos haver já pouco espaço de manobra quando vemos os nossos Glosters nas exposições. Não vamos melhorar o Gloster Fancy ao tentar-mos aumentar o seu tamanho através das penas. Quando criamos canários Gloster devemos ter em conta o que a natureza pretende e ao mesmo tempo ter em conta o standard da raça.

Tudo tem um oposto (negativo/positivo). Por esta lei da natureza, e é isto que devemos ter em conta ao fazermos cruzamentos seleccionados, devemos averiguar os nossos resultados. O Homem criou este mandamento: cruzar sempre Amarelo X Buff uma vez que é a nossa maneira de imitar o que a natureza faz por si própria, mas uma vez não cumprida esta regra ao cruzar por exemplo duas aves idênticas iremos ver a vingança da mãe-natureza.

Não é a melhor ideia de no nosso canaril manter as penas intermédias. Como criadores de Glosters temos de entender as regras da natureza se queremos manter-nos no topo da canaricultura.

O Gloster Fancy é um canário feito pelo Homem e temos que perceber isso se queremos manter a raça relativamente livre de problemas nas penas. Não podemos simplesmente dar mais plumagem aos nossos Glosters e esperar que a mãe-natureza não actue."

Fonte: England Gloster Canary
Tadução: Ivo Leite

O Correcto Uso Do Intenso - Glosters

"Para elevar um exemplar gloster intenso ao nível requerido pelo padrão e, naturalmente pelas competições, é necessário utilizar um nevado nascido de um acasalamento nevado x nevado. É necessário adquirir ou manter o arredondamento e a abundância do corpo, do pescoço, da cabeça e da sobrancelha. Não temos que acasalar todo ano intenso x nevado porque o arredondamento da plumagem desaparecerá e surgirão os problemas com plumagem curta, falta de pescoço e cabeça estreita, um canário semelhante mais ao Fife Fancy que propriamente ao Gloster.

Também é preciso estar atento em dois pontos:

Não unir sempre nevado x geado e, escolher bem e com atenção o intenso, lembrando-se das melhores características que este deve possuir para a cor e para a qualidade da plumagem.

O acasalamento de nevado x nevado feita consecutivamente provoca as seguintes desvantagens:

1 - a plumagem pouco a pouco alarga, e as canetas alongam;
2 - as penas ficam mais macias.
3 - a cor perde consistência e intensidade.

O aspecto geral será de um gloster com a plumagem solta, pobre de cor, com sobrancelhas pesadas, em resumo um aspecto ruim, um monte de penas descompostas e um corpo com pequena massa. Tais glosters não devem possuir lugar em um programa de criação, porque não conseguem produzir nada de bom em relação às metas

O que é requerido, é um pássaro pequeno e cheio que mostra arredondamento visto de qualquer ângulo. A cabeça tem que ser redonda e que se aviste a testa que se funda em um pescoço cheio e curto com costas também cheias e redondas. As sobrancelhas precisam ser pronunciadas e projectadas para na direcção da cobertura dos olhos. Da garganta tem que partir o peito, cheio e atraentemente arredondado. O rabo tem que ser curto e compactar como as asas.

A coroa tem que ser bem centrada com um centro que parte de um mesmo ponto, redondicidade sem interrupções, acima de tudo na nuca. Vista de lado, assenta como um guarda-chuva aberto, sem cobrir os olhos completamente e que alcance o bico.

O gloster tem que ser um canário bem equilibrado, com pernas curtas mas que lhe permita um movimento vivaz.
A plumagem deve ser absolutamente isenta de aspereza. A cor é natural e luminosa e, particularmente no machos, com profundidade e rica.

As fêmeas frequentemente, mas há as excepções, mostram uma plumagem mais esbelta ou fora do que acontece na natureza. O ponto principal é sempre a qualidade das penas.

Um indicador bom para o gloster, é levar em mão o canário e sentí-lo. Devemos usar dois de nossos sentidos para julgar os nossos pássaros: a visão e o toque, mas o julgamento em concurso utiliza somente a visão.

Quando se escolhe um intenso para melhorar a nossa procriação, pode resultar numa tarefa árdua e não ingrata, pois pode-se facilmente escolher o errado. Segue-se uma lista de como, onde e porque um intenso pode incorrer em erro:

1 - onde se compra e de quem;
2 - usamos um corona ou um consorte;
3 - macho ou fêmea;
4 - cor única ou matizado.


Desenvolvendo:

1-quando se decide comprar um intenso, tem que se ter um único pensamento em mente: melhorar nossa linha de nevados.

Muitos Glosters são muito ricos em plumagem, com coroas largas ou sobrancelhas pesadas pesadas, pescoços grandes, rabos largos, pouca cor se comparado com outros, mas acima de tudo, se levado à mão uma sensação de aspereza da plumagem.

A regra mais importante no uso do intenso é unir um de nossos melhores não só no tipo, mas também especialmente na plumagem.

Não se iluda a pensar que a introdução de um intenso pode reparar em pouco tempo os danos causados por acasalamentos sucessivos de nevado x nevado. Pode levar algum tempo e é necessário paciência.

Quando se procura o criador correcto para comprar intenso, a primeira coisa a ser feita é observar atentamente a plumagem e a cor do nevado dos canários dele: estes terão que possuir uma cor profunda e luminosa, unidas a uma boa forma. Então pede-se para observar o melhor intenso dele e observemos atentamente: terão que possuir uma cor profundamente intensa, uma plumagem composta e privada de penas desalinhadas, rabo estreito e as asas bem fechadas. As sobrancelhas não deverão parecer pesadas, e a coroa terá que ter um centro bom, o pescoço não terá que ser grande.

Não se deve comprar um intenso só porque ganhou alguma exposição ou concurso, pois muito provavelmente, estes não possuem as características mencionadas acima e seguramente não serão os ideais para melhorar a plumagem dos nossos Glosters.


2 - temos que usar um corona ou um consorte?

Não é de importância fundamental! Depende do que se tem disponível e da qualidade do intenso com que nós queremos acasalar. O ponto principal é a plumagem de ambos e, naturalmente, a genética.

3 - o dilema "se macho ou fêmea" não tem representar um papel importante em nossa decisão, mas um macho pode dar muito mais possibilidade de acasalamentos futuros com duas ou três fêmeas e então, serão adquiridos por estes acasalamentos as fêmeas necessárias para continuar o programa de melhoria.

É preferível usar as fêmeas consorte intensas de cor única e acasalá-las com um macho corona.

4 - é preferível os verdes sólidos ou o verde levemente manchado em lugar do variegado por uma razão simples: o verde é o básico e podem ser usados em acasalamentos com cores claras ou variegados.

Estas são somente as regras gerais para se conseguir seleccionar um excelente intenso.

Dá-se preferência às fêmeas intensas para acasalar com macho nevado bom corona nascido de um intenso macho.

Quando se está a ponto de seleccionar nossos reprodutores, deve-se controlar os intensos e testar sua plumagem. É também boa norma arrancar algumas penas, geralmente do peito, e as observar debaixo de uma lente de aumento. As penas dos intensos machos terão que ser coloridas até ao ápice, como também precisam ter longos cabos.

As fêmeas intensas, em alguns casos, mostram um leve “pó” em volta do bordo das penas, mas é normal. Naturalmente, deve-se escolher a que tiver o menos possível.

Tenta-se evitar o intenso com um “pó” forte, estes podem ser usados com o nevado, mas com a vantagem da mais intensa cor.

Só usando o toque e examinando a plumagem com cuidado seremos capazes formar uma ideia precisa.

O balanceamento entre a plumagem macia e larga do nevado e a longa e dura do intenso tem que ser o nosso objectivo. Só assim pode-se produzir um gloster de tipo excelente, boa cor e plumagem. É uma batalha contínua de luta em nossas procriações, mas só agindo de tal modo se manterá o vigor da raça.

A frequência de uso do intenso dependerá completamente do tipo e da qualidade dos canários que nós estamos produzindo.

O nevado produzido pelo acasalamento com intenso, produzirá alguns intensos de excelente qualidade que podem ser acasalados com nevados com a mesma função do intenso.

Lembre-se de que para produzir um gloster de qualidade, não se deve acasalar intenso com nevedo todos os anos.

Muito tempo é necessário para se criar uma linha de plumagens boas, mas estas podem ser destruídas em pouco tempo com acasalamentos imprudentes de quem não estudou fenotipicamente e geneticamente do ponto de vista da plumagem.


Dois pontos muito importantes a lembrar:

- usar as fêmeas intensas com equilíbrio entre tipo e qualidade da plumagem;

- o nevado nascido de nevado é tão importante como o intenso para que se possa manter inalterado o tipo.

É este o "pulo do gato" para todos os criadores de Glosters. "

Fonte: Wonderfull Glosters

Seleccionando e mantendo Glosters


"Manter os Glosters para utiliza-los nos anos seguintes deve ser feito com uma filosofia de "manter sempre o melhor". Por mantendo sempre o melhor você não esgota o fundo genético ou vai ter de olhar constantemente para novas aquisições. Outros aspectos a ter em conta é o facto de apenas seleccionar os melhores machos e ficar apenas com as fêmeas que permitam alguns cruzamentos durante a criação.

Opções a serem consideradas:
1. Penas amarelas.
2. Canela.
3. Fundo branco, variegado ou limpo.
4. Grizzle.

Para resumir este breve artigo os seguintes pontos essenciais foram destacados.

PRIORIDADES:
1. Manter sempre os melhores exemplares
2. Não dispensar muitas fêmeas
3. Só manter os melhores machos, a segunda escolha não é suficientemente boa.
4. Manter sempre na sua posse uma quantidade suficiente de fêmeas que deverá ser constituída por 50% de jovens fêmeas.

OPÇÕES:
1. A conservação de uma variedade de vários tipos de penas. (Isto poderia ser também uma prioridade.)
2. Conservação dos Canelas, Brancos, dos Grizzle e dos de cor clara para permitir que as aves concorram ao lado dos Buffs (amarelo-castanho) e ao lado de aves mais escuras.
3. Manter uma percentagem de aves de penas amarelas para manter o equilíbrio do plantel.

PERCENTAGEM DICAS:
1. Glosters de penas amarelas devem estar presentes em cerca de 10% no seu plantel. Se tiver uma enorme número de casais então pode ter um pouco mais.
2. Os amarelos Buffs, ou seja, os amarelos mais escuros devem estar presentes a cerca de 25% do número total de fêmeas.
3. Um número bom de crias seria o de 50, abaixo disto torna a escolha mais limitada.
4. Um bom número de jovens que deveriam ser criados situa-se entre 80-100, desta forma há muita escolha e com certeza que haverá bom material para trabalhar."

in "Creating a stud of Gloster Fancy Canaries", Wallace & Storey
Tradução: Ivo Leite
Fotografia: Gonçalo Ferreira

Os Fatores Mosaicos

"Os factores mosaicos no plural, porquê? Existem com efeito vários factores "mosaico", ou antes diversos dimorfismos provenientes de origens diferentes:

1 - Cardinalito da Venezuela:
2 - Canários ingleses do tipo Gloster;
3 - Serinus cini e outros.

O factor mosaico que foi captado no Cardinalito da Venezuela é de longe, a meu ver, o dimorfismo mais qualitativo , porque as aves "mosaico" próximas do Cardinalito possuem todos os pontos de eleição de um lipocromo perfeito em intensidade, não tendo "schimel" (nevado), uma plumagem muito curta e uma delicadeza de pena inigualável.

De notar que no Cardinalito da Venezuela existem dois tipos de aves, um deles possuindo uma grande banda branca que, partindo do abdómen, sobe no sentido do peito. É este tipo que se deve acasalar para melhorar o facto mosaico.

As primeiras aves "mosaico" apareceram na Holanda a partir do cruzamento Cardinalito da Venezuela x Vermelho lipocromo. O trabalho rigoroso e a selecção que daí resultou, trouxe fêmeas mosaico muito belas, quer em melanina quer em lipocromo, mas trataremos agora apenas do mosaico Vermelho Lipocromo. Estas fêmeas apresentavam-se de cor branca cré sobre o dorso e pontos de eleição dum belo vermelho vivo e luminoso; as linhas oculares muito finas, embora bem distintas. A pena era de tal modo fina que o lipocromo sobressaia no meio do branco neve.

Recordo-me de uma fêmea que adquiri por intermédio de Mario Ascheri. Tal fêmea era originaria de uma linhagem holandesa (º nº de "Stam" 4942, criador célebre) porque a pena dessas aves podia ser comparada com a seda. Não me posso esquecer disso, pois o branco cré era de uma brancura magnífica, devido à delicadeza inigualável da pena.

Diga-se de passagem que não era necessário o recurso a "lavagens especiais" com champôs para cães brancos, ao contrário do que é hoje praticado por criadores de canários mosaicos, tanto a nível nacional como internacional.

Os pontos de eleição do "protótipo" mosaico eram de um vermelho intenso, "luminoso" e sem "schimmel". Esta é a prova viva do factor qualitativo mosaico fornecido pelo Cardinalito da Venezuela.

Os machos, pelo contrário não eram nada de espectaculares e não podiam ser aves de concurso, pelo menos segundo os critérios actuais. Estes últimos apresentavam "schimmel" dorsal importante, com um lipocromo muito intenso nas espáduas, peito, cabeça e uropígeo.

Os melhores machos apresentavam um abdómen muito branco, que se prolongava para cima sobre o peito. O conjunto era sempre caracterizado por uma plumagem bastante curta e bem luminosa. Eis o que há quanto ao factor mosaico qualitativo.

Seguidamente um factor quantitativo foi introduzido no mosaico por criadores italianos, e Mario Ascheri, em visita à exposição de Reggio Emília de 1969, ficou maravilhado com um stam de machos que possuíam um tipo mosaico diferente, muito mais espectacular.

A máscara bem vermelha destacava-se nitidamente do peito, as espáduas e uropígeo eram os de uma fêmea, no entanto com um pouco mais de rosa sobre o dorso e no peito.

Isto foi uma revolução e este mosaicos foram denominados "Novo Tipo". É evidente que Mario Ascheri os adquiriu, e mais tarde eu adquiri um macho. Pelo estudo desse macho, compreendi que a estrutura das penas tinha mudado: o branco era menos luminoso e a cabeça mais forte, as patas mais curtas, os olhos ligeiramente rasgados e amendoados. O conjunto da ave era mais pesado do que o mosaico que criávamos.
Todos os criadores de mosaico se precipitaram e toda a gente reproduziu esse tipo de mosaico. Mas há sempre o reverso da medalha.

A selecção que se seguiu foi conduzida no mau sentido, e por força de manter mais branco, o lipocromo, quer nos machos quer nas fêmeas, tornava-se pálido, a pena alongava-se à medida que prosseguiam os acasalamentos, o traço do olho (nas fêmeas) desapareceu para dar lugar a "lunetas", ou melhor, mascarilhas de um lipocromo pálido. A seguir apareceram os quistos.

Entretanto compreendi que esse factor mosaico foi captado dos canários ingleses do tipo Gloster. Para o verificar refiz os mesmos acasalamentos e cheguei aos mesmos resultados.

Era necessário suprimir os defeitos produzidos por esse novo factor mosaico, embora conservando as qualidades. A única forma era partir de novo de Cardinalito da Venezuela.

Só este acasalamento permitia:
- Restituir o lipocromo intensivo.
- Encurtar as penas.
- Modificar em parte a estrutura da pena
- Reencontrar a parte do mosaico inicial por modificação da estrutura da pena.

Actualmente, após esses diferentes acasalamentos, podemos considerar que os mosaicos vermelhos são belos exemplares, todavia com um objectivo a nunca perder de vista: Ligar Intimamente o Factor Qualitativo e o factor Quantitativo. Nunca esquecer que é o protótipo ou modelo mosaico perfeito da fêmea que reflecte a qualidade do casal.

Uma boa máscara no macho não é forçosamente uma qualidade para dar boas fêmeas. Existem com efeito machos mosaicos em concursos que possuem uma bela máscara, bem cotada, que não passam de mosaicos "reles" (à francesa, mosaiques "BIDON"…).

Se os observarmos mais de perto apercebemo-nos de que:

- a estrutura da pena é mais espessa; logo, afastada do Cardinalito;
- o lipocromo desce no abdómen quase até à cauda.
- A tipicidade dos traços finos no olho é muito importante, pois tudo daí parte para obter uma linha mosaico de qualidade.

É falso pretender-se que existem fêmeas para fazer machos, e machos para fazer fêmeas. Alguns criadores lançaram essa teoria há alguns anos, defendendo que fêmeas possuindo muito lipocromo na máscara melhorariam os factores mosaico no macho, e que machos tendo uma pequena máscara dariam boas fêmeas. É uma Falácia!

As qualidades de um mosaico traduzir-se-ão por:

Macho:

- Uma máscara muito intensa.
- Um lipocromo muito vermelho nos pontos de eleição, sem "schimmel" no meio.
- Um branco muito luminoso (sem recurso a champô…) para as partes brancas.
Uma plumagem muito curta e marcada em lipocromo,.
Um branco cré, bem luminoso no abdómen, subindo em direcção ao alto do peito.

Eis um macho que dará boas fêmeas.

Fêmea:

- Plumagem sedosa.
- Pontos de eleição muito vermelhos.
- Traço ocular bem marcado, sem lunetas, ou máscara ligeira.

Eis uma fêmea que dará bons machos mosaicos.

Nos dois casos, as rémiges deverão ser brancas, pois aumentar-se-à a qualidade do factor vermelho. Isto obtém-se por selecção; no entanto, uma alimentação à base de papa contendo corantes amarelos artificiais pode pigmentar as rémiges, da mesma forma que:

- Tratamentos antibióticos.
- Verdura na altura da criação.
- Muito ovo de galinha do campo. O amarelo pode cobrir as rémiges.

É por isso que tenho muito cuidado com a alimentação dos mosaicos e emprego papa seca sem corantes artificiais, com a qual as crias se desenvolvem muito bem, não obrigando ao recurso a antibióticos nos momentos das criações."

Fonte: Michel Darrigues, Juiz Francês O.M.J.

Seleccionado os seus Glosters

"Esta é a altura do ano para pensar na selecção das suas aves, quais vai manter e quais vai dispensar. Estas são as decisões mais críticas que tem que fazer de forma a melhorar o seu plantel. Apesar de algumas vezes o sucesso resultar de sorte estas são as regras básicas normalmente seguidas para obter o sucesso.

1. Nunca tome uma decisão antes da ave ter feito a muda na sua totalidade. Algumas crias aparentam ser promissoras, mas após a muda ficamos desapontados enquanto outras crias “florescem” e surpreendem-nos. Dispensar um jovem Gloster ainda antes da muda completa é um enorme erro.

2. Nunca assuma que uma boa ave vá dar origem a boas aves. A genética de uma ave é muito complexa e alguns campeões nunca irão originar aves de exposição quanto mais aves vencedoras. A controlar e ao saber o património genético do seu plantel vai poder melhorar as hipóteses de ter boas aves.

3. Selecção visual (fenótipo) é tão importante como o pedigree. Quando tiver que optar por aves idênticas, opte pelo seu pedigree e escolha a que tiver melhores antepassados. Nunca fique com uma ave de má qualidade, assim garantirá um melhor plantel. Por outro lado, nunca seleccione uma ave só pela sua aparecia, balanceie a sua escolha entre o aspecto e o pedigree.

4. Patas e pernas são um bom indicador da qualidade do Gloster. Aves com patas e pernas grandes têm uma aparência fraca. Concentre-se em aves com patas pequenas e pernas curtas.

5. Aves com quisto são o pesadelo dos criadores de Glosters. Independentemente do que as pessoas dizem, os quistos são uma herança, ou pelo menos a capacidade de não fazer uma boa muda. Aves idosas podem desenvolver quistos. Aves saudáveis com menos de 4 anos não devem ter quistos. Acredito que usando Amarelos (intensivo, penas “duras”) nem sempre resolve o problema. Em algumas linhas quando o problema é recorrente até mesmo os amarelos desenvolvem quistos. Se seleccionados e cruzados correctamente (Buff X Buff) as aves não devem ter problemas de quistos. Descobri que as aves de fundo branco são uma grande ajuda sem se perder qualidade dos Buff e dos Verdes. Em algumas linhas, muitos Amarelos são usados, mas logo na segunda geração são cruzados com Buffs e aparecem logo aves com quistos. Isto é uma indicação que o tipo errado de penas é mantido nas aves, forçando-nos ao uso dos Amarelos para contra-atacar a suavidade das penas.

6. Luminosidade da cor não é necessariamente um indicador da qualidade da pena. É um indicador da pigmentação. A maioria das pessoas confunde as duas questões e juntam-nas numa regra: a genética não é importante."

Autor: Robert Larochelle
Tradução: Ivo Leite

Irish Fancy - História

Fotografia: Autor Desconhecido

"O Canário Irish Fancy foi exposto pela primeira vez na Irlanda com o nome de "Iris Roller", porque descendia do canário de canto Roler.

Segundo Maurice O'Connor, é provável que a sua origem inicial fosse na Bélgica, mas foi importado para a Irlanda e ficou a ser conhecido como o "Roller Cantador", sendo utilizado para hibridação com outras variedades devido as suas qualidades para cantar, existindo um momento de grande confusão entre esta raça e a Roller.

Quando estes cruzamentos foram abandonados, e iniciados outros seletivos, foram alcançados em 1970 os primeiros exemplares mostrados ao Mundo ornitológico.

Alguns anos mais tarde, em 1974, alguns criadores do Condado de Wexfords e alguns Juízes da Sociedade de Avicultura da Irlanda, formaram a Sociedade do Canário Irish Fancy, que foi a base para a definição do padrão da raça, e a definição do seu nome, Irish fancy.

Quatro anos mais tarde, formou-se o Clube do Canário Irish Fancy irlandês do Ulster", que conseguiu realizar o primeiro concurso especializado nesta raça 1988 na cidade de Coleraine, no norte da Irlanda.

A COM reconheceu a raça Internacionalmente em Hasset em 2007.

Este canário pequeno porte, conseguiu em poucos anos fazer parte dos “Canaris” de muitos criadores, em primeiro lugar na Irlanda e, posteriormente, no Reino Unido, e pouco a pouco em todos os países europeus."

Fonte: desconhecida
Tradução: Gonçalo Ferreira
www.mundo-dos-canarios.blogspot.com

Gaiola de Exposição



Estilo Inglês

Hoso Japonês

Fotografia: Autor Desconhecido

Hoso Japonês - Defeitos


Imagem: Autor Desconhecido

Hoso Japonês


Fotografia: Autor Desconhecido

Hoso Japonês



Fonte: Canaricultura Tuga

Hoso Japonês

Fotografia: Autor Desconhecido

"Esta é uma visão do canário Hoso Japonês, que conforme autor francês foi trazida por marinheiros.

A documentação japonesa informa que marinheiros que regressaram da Europa é que teriam trazido estes canários para o Japão.

Este canários foram acasalados entre Scoth Fancy e o Bossu Belga, por volta do ano de 1890.

Os criadores japoneses muito interessados por estes pássaros que não conheciam, o trabalharam em tamanho e colorido, o que se explica a presença ainda de hoje de cores salmonadas encontradas em alguns exemplares desta raça.

Foi particularmente o sr. Nakamura com sua criação de Hosei que originou o nome Hoso.

O termo Hoso que se pronuncia “rosso” significa fino, afilado em língua japonesa.

Os criadores dos arredores de Tokyo forjaram seus pequenos pássaros com a seguinte nomenclatura: pequena cabeça; ombros estreitos e caídos; ancas baixas e cauda curvando-se graciosamente para o interior do poleiro.

Os habitantes da região de Niigata preferem o Hoso Japonês com uma forma deferente, um pouco menor, aparentando-se mais ao Bossu Belga e com as seguintes particularidades: ombros largos; patas mais juntas, porém infelizmente a plumagem apresenta-se menos vistosa.

No que se refere a Europa, a introdução da raça e o brilhante desenvolvimento do Hoso Japonês, são devidos ao sr. Emili Werry, juiz ornitológico internacional e criador de canários.

No excelente livro da A. O. B. (Associação Ornitológica Belga) “Os Canários de Postura”, no capítulo referente ao Hoso Japonês, o autor, sr. M. Werry aborda com muita riqueza de detalhes as características deste pássaro.

O início da divulgação desta raça de canários ocorreu em 1963 através dos srs M. Werry e M. Beerrickt, conforme registros do Clube de Canários de Postura de Antuérpia – Bélgica.

A criação desta raça na Europa foi iniciada em 08/10/1972 pelo sr. M. Werry que contou com a colaboração do sr. M. Peeters.

O tamanho do Hoso japonês adotado até hoje foi aprovado pelo Congresso da Ordem Mundial de Juizes-Hemisfério Norte, em 1974."


Fonte: Revista “Le Club Europeen de canaris de Forme et de Posture”
Tradução Aparecida N. Giovannetti
Revisão Técnica Vanderlei A. Giovannetti
Revista Pássaros nro 28 ano 6 2001
Arquivo editado em 07/03/2002

Hoso Japonês

Fotografia: Autor Desconhecido

"Os japoneses esforçaram-se por obter um canário longo e esbelto mas que se assemelhava muito com o canário de raça inglesa Scotch Fancy.

Este canário de porte deve a sua origem aos criadores japoneses, desde 1925, a partir dos canários europeus (Bossu Belga e Scotch Fancy) e mais particularmente ao Sr. Nakamura no seu canaril de “Hosel” , donde saiu o nome de HOSO.

Os japoneses esforçaram-se por obter um canário longo e esbelto mas que se assemelhava muito com o canário de raça inglesa Scotch Fancy.

Para os criadores japoneses, os canários de tamanho diminuto não eram atractivos, daí eles desistirem da sua criação e os terem vendido e exportado para a Europa. Foi a sua pequenês e a sua elegante silhueta que atraiu alguns dos mais experientes e endinheirados criadores do velho continente.

Criadores belgas e alemães iniciaram uma criação paralela afim de estabilizar o seu standard e de o poderem finalmente apresentar no Congresso de Antibes em 1974.

O standard foi aceite por unanimidade com a condição de que o HOSO JAPONÊS fosse durante dois anos presente ao Campeonato do Mundo.

Desde o seu aparecimento o HOSO passou por várias alterações até ao reconhecimento como raça oficial, concedido pela OMJ em 1976

Hoje em dia o HOSO é um canário de porte com grande implantação em todo o mundo, contudo com mais incidência na Europa. È uma miniatura do Scotch Fancy, variando apenas no tamanho. Enquanto o canário Scotch Fancy tem de comprimento 17 cm , o HOSO não deve ultrapassar os 11.5 cm. O formato do corpo deve ser em arco-forma de meia lua, cilindrico, sendo a cauda um prolongamento do dorso, tocando o poleiro.

A cabeça deve ser pequena, oval e em forma de serpente. Trata-se de uma raça que cria bem, não necessitando de amas. Para se obter bons exemplares, deve evitar-se não só a consanguinidade directa, como usar o sistema de cruzamento comum a todas as variedades de canários: cruzar sempre intenso com nevado.

O cruzamento de duas aves nevadas, origina o excesso de plumagem e consequente falta de aderência da mesma o que implica penalização no julgamento.

No HOSO são permitidas todas as cores: pintos e unicolores, inclusive o vermelho. No Scotch Fancy a cor vermelha é interdita. A gaiola utilizada para exposição é a do Border com dois poleiros."

Fonte: FRANCISCO COUTO
Juiz Nacional CNJ
Juiz Internacional OMJ
Presidente da Comissão Técnica de Canários de Porte de CNJ
Centro de Canaricultura e Ornitologia da Póvoa de Varzim

Hoso Japonês

Fotografia: Autor Desconhecido

"Os primeiros desses pássaros apareceram na Europa por volta de 1963, importados com alguns exóticos que vieram do Japão. Não há dúvida que são miniaturas do antigo GLASGOW DON, pois sua forma é bastante semelhante á deste, à exceção do tamanho.

Há indicos de que os pássaros escoceses foram introduzidos no Japão no inico do século. Os pássaros passaram por uma evolução lenta até atingirem os padrões atuas.

Em 1974, no Campeonato Mundial em Antibes, foram apresentados alguns pássaros e propostas de uma ficha de julgamento, que naquele ano foi aprovada pelo Congresso de Juízes Ornintológicos.

A raça já é antiga no Japão mas seu reconhecimento como raça de porte, de postura de penas lisas, é relativamente recente. É um pássaro pequeno, muito ativo, que possui como todas as raças de seu grupo uma posição de concurso que é tomada por alguns instantes.

O HOSO IDEAL: É um pássaro pequeno que deve apresentar as seguintes caracteristicas:

Forma - Sendo uma miniatura deve ser a menor possível. O corpo é cilindrico e fino. As asas são perfeitamente aderidas ao dorso na sua parte superior e os encontros devem ser dissimulados nos ombros. A forma é de um arco de círculo.

Tamanho- O tamanho preconizado deve variar entre os 11 e 12 cm. Os pássaros intensos normalmente estão dentro do padrão, mas os nevados chegam, às vezes, a alcançar 13 cm.

Cabeça - A cabeça é pequena, tipo "cobra", olhos proporcionais e bico relativamente grande.

Pescoço - O pescoço é comprido, fino e cilindrico e deve fazer a concordância da ligação cabeça-tronco por duas curvas reversas perfeitamente definidas.

Espáduas - As espáduas são finas, bem pouco mais largas que o pescoço, quando visto de cima.

Corpo - O Corpo é delgado e cilindrico, afunilado em direção à cauda. As linhas superiores do dorso e inferior do peito formam curvas que se acentuam quando o pássaro entra em posição, sem serem concêntricas.

Postura - Como o SCOTCH, é um passaro que entra em posição tendendo a uma meia-lua. A cabeça nunca deve ficar em nível mas baixo que as espáduas. O corpo é defnido, quando de perfil, por dois arcos de circulos não concêntricos. As pernas devem ser ligeiramente fletidas na articulação externa com as coxas emplumadas aparecendo ligeiramente. As asas são colocadas no dorso, mas em muitos pássaros com as extremidades ligeiramente aparentes.

Cauda - A cauda acompanhando a curva do corpo fica com a parte baixa sob o poleiro.

Condição geral – O pássaro deve estar limpo, saudável, com a plumagem aderente e pode ser apresentado com qualquer cor, inclusive com de fundo vermelho.

Fonte: Clube Sano

Fife Fancy

Fotografia: Autor Desconhecido

"O Fife Fancy tem a sua origem na Escócia por volta de 1951, através da selecção do canário Border.

O Border era originalmente um canário pequeno. Depois da segunda Grande Guerra, face à perda dos plantéis e o número baixo de pássaros de qualidade, os criadores foram obrigados a utilizar outras raças para aumentar o número e também aperfeiçoar os exemplares com poucas características.

Os pássaros Norwich de pequeno tamanho foram bastante utilizados, o que resultou na produção de pássaros maiores, com cabeça redondas e grandes.

Os antigamente denominados WEE GEM (jóia da coroa), hoje apresentam-se com 14,15 cm e com a forma um tanto diferente dos pequenos pássaros cuja figura padrão aparecia em diversos livros editados nas décadas de 60 e 70 com certa de 13 cm.

Cabeça tipo esfera, corpo tipo ovo, com contornos bem definidos, posição das patas em relação ao poleiro constitui um ângulo de 60º.

O fife fancy tem uma diferença em relação ao Border, o tamanho de 11cm.

O Fife Fancy é resultado de um grupo de criadores da Escócia (1951) ,que não aceitaram a disparidade de tamanho que o Border teve, e conservaram e apuraram os exemplares mais pequenos dando origem a esta raça, dando o nome de uma região da Escócia - “Fife”.

Walter Lumsden, do reino de Fife, na Escócia, foi convidado a dar o nome à nova raça e denominou-a FIFE FANCY.

Lentamente a raça ganhou popularidade e em 1970 um FIFE foi premiado como o melhor canário do National Cage Birds, em Londres.

A raça nos últimos anos tem se expandido bastante em Portugal e, além do número, a qualidade dos pássaros apresentados é razoável. "
Fonte: Origem desconhecida

Bossu Belga - Standard



Fonte: Canaricultura Tuga

Canário Bossu Belga


Fotografia: Autor Desconhecido

"Os canários denominados belgas "Grote Vogel" tiveram seu apogeu no século XIX e eram criados em tamanhos maiores ou menores, porém de forma bem semelhante, na região de Bruxelas.

Eram pássaros tipicamente de posição, com cabeça pequena e longo pescoço, ombros largos e plumagem lisa e cerrada.

Ao tomarem a posição de concurso, o pescoço distende-se para á frente, as patas ficam quase na vertical e a linha superior do pescoço faz um ângulo menos que 90° com o dorso e a cauda, que permanessem alinhados.

Esta posição característica e o volume dos ombros conduziram ao nome de BOSSU (ou corcunda).

A raça estava praticamente extinta no inicio do século 20, pois foi largamente utilizada na formação de outras, com destaque para a raça Yorkshire.

Segundo registros belgas os criadores ngleses levaram, a partir de 1850, a quase totalidade dos pássaros belgas a preços astronomicos para a época.

Os criadores belgas, sem suas melhores matrizes, apelaram para as mestiçagens para continuar vendendo os melhores pássaros e praticamente a raça se extinguiu.

Segundo M. Dawans, o homem que desde o fim da 1ª Guerra Mundial tentou reconstituir a raça, em 1920 somente o Sr. Meewes Robbens, de Antuerpia, possuia uma linhagem de pássaros puros; Dawans, com um trabalho sério, conseguiu em 1958, reconstituir a raça, após cada uma das grandes guerras mundiais todo seu trabalho foi perdido.

Os atuais BOSSU descendem dos cruzamentos criteriosos entre Fisados do Sul, Yorhshires "anel" e "Malinois" do tipo antigo e, segundo o citado criador, são menores que os antgos pássaros que conheceu quando criança e que foram a paixão de sua vida.

O BOSSU IDEAL: É um pássaro de postura e assim sendo necessita de treinamento para apresentar-se perante os juízes.

Cabeça - A cabeça é pequena, estreita e ligeiramente oval;
Pescoço - O pescoço é relativamente longo, estreito e não deve ficar pendurado; Espáduas - A espáduas são altas, largas e colocadas bem altas no dorso.
Dorso - O dorso é longo, largo, reto em sua parte externa e cheio nas laterais. Corpo - O corpo é longo, aflado em forma de cenoura.
Peito - O peito é arredondado e cheio.
Asas - As asas são longas e bem aderidas ao corpo, com suas pontas se tocando sem se cruzar.
Cauda - A cauda é longa, reta e estreita, bem fechada e em linha reta com a parte superior do dorso quando vista de perfil.
Pernas - As pernas são longas, quase verticais, com as coxas bem emplumadas. Plumagem - A plumagem deve ser compacta, lisa, sem frisuras.
Tamanho - O tamanho deve regular entre 17 e 18 cm, medido da ponta do bico à extremidade da cauda.
Posição - Quando em posção, o pescoço forma com a linha superior do dorso e da cauda um angulo pouco menor que 90°.
Condições Gerais - Ao olhar o BOSSU por trás: o pescoço a cabeça, praticamente, não devem serem vistos, e as espáduas se destacam formando uma pequena depressão no centro do corpo.


Fonte: Clube Sano

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